terça-feira, 18 de outubro de 2011






Acreditando, esse “deposito de amor” foi sendo criado.  
Foi sendo cuidado, habitado;
Não houve força o tempo todo.

Faltou certeza,
Restou escolha.
Hoje é mais um dia que fiz a escolha: amar.


O poder da escolha permite que o pensamento seja voltado a realidade. Outro dia em uma conversa, pensei: Afinal, o que é o amor?  - Sentimentos são mutáveis, variam, oscilam facilmente. Em alguns dias meu pensamento acerca do que verdadeiramente seja o amor foi sendo moldado.
Não posso apenas sentir “amor” e acreditar que sozinho ele criará pontes entre os abismos. A perfeição não faz parte do ser humano, como então esperá-la em alguém? – É simples, não se deve esperar, nem desejar o encontro de uma pessoa perfeita.  
Ao sentir, espera-se muito do outro, muito se é cobrado. Com a convivência os erros se mostram, assim como as imperfeições. O amor por sua vez como forma de sentimento, enfraquece. Sim, enfraquece e não importa o quão digam que é verdadeiro. A partir do momento que é visto o erro, o amor visto apenas como sentimento, as imperfeições vão construindo um labirinto, que poucos conseguem encontrar a saída.
Quando retrocedo alguns meses, penso no que sinto, e na forma que tenho demonstrado, vejo que permiti ser afetada pela procura por perfeição, no entanto, o amor existe, e tem feito parte da minha vida, dos meus dias, mas sozinho ele não sabe ir adiante, amor é escolha.
Todos são diferentes, em meio a tanta diferença um conjunto de qualidades me fez descobrir algo novo, me fez distinguir uma pessoa como sendo especial.  Hoje, sei que estou tendo o poder da escolha, e mesmo com erros, e tantas diferenças, ainda assim escolho te amar.
Amar exatamente pela diferença. Amar o estar ao lado, a maneira de sorrir, o olhar distinto sobre a vida, a força presente nas fraquezas. Amar a leveza de ceder sem pensar em orgulho, apenas ceder para ver tudo bem novamente.
 Amar a cada dia que amanhece o jeito novo de dizer ao mundo: eu escolho te amar.



 “- Não sei voltar ao passado,
  também não sei viver do passado.
Passado já foi atravessado,
passou e nada mais é que passado.
Não vai ter efeito hoje. Não em mim.”
 Dizia a menina todos os dias ao acordar e sentir o peso do ontem.


  
Passado é pó acumulado nos cantos da vida, coisa que a chuva leva.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011



Não há amor maior que o meu por ti e, acredito que a recíproca seja verdadeira, pois tenho muita confiança em tudo o que tu me dizes, em tudo o que tu fazes, em todos os teus gestos e atitudes.
Há muito tempo desfrutamos de uma linda convivência. Convivência marcada pela doação e pela dedicação. Pelo sentido mais estrito do amor. Não me imagino sem ti. Se não existisses, o mundo seria muito mais pobre para mim. Tu trazes-me paz, esperança, conforto e uma espécie de riqueza que eu não sou bem capaz de definir. De alguma forma, tu transformas-me em um ser humano mais válido e mais valioso.
Tu faz-me perceber belezas que eu não perceberia sem a tua presença. Tu tens o dom de sufocar tristezas, alimentar belezas, transformar em esperança o que poderia se converter em desespero. 
Não é à toa que eu te amo. Não é à toa que o meu pensamento dorme e acorda contigo. Em todos os momentos do dia, da tarde, da noite ou de madrugada, mesmo quando estamos fisicamente distantes, o meu espírito está contigo. Fica com essa certeza.
A vida sempre revela surpresas para todos, às vezes boas e às vezes más. Mas, para mim, quero que saibas, tu foste a mais agradável surpresa que já me ocorreu. Transformaste a minha vida gris e insossa em algo mais colorido, saboroso e salubre.
O teu convívio faz-me mais humano, faz-me perceber que o mundo precisa, mesmo, ser recheado de amor, de bons propósitos, de intenções puras. Assim, eu jamais cansarei de repetir que o meu coração é todo teu. Pois tu só me fazes sentir coisas boas, confortas-me sempre, alivias as minhas dores. Não deixas que lágrimas escorram pelos teus olhos e quando, por acaso ou falha da natureza, elas escorrem, tu logo as enxugas e me beijas. 
Enfim, conta sempre comigo. Para tudo e para sempre. Definitivamente, estou contigo. Jamais admitiria saber-te triste ou carente. Aconteça o que acontecer, conta sempre comigo.
Recebe o meu beijo imenso, sincero e carinhoso. E, mais uma vez, fica com a certeza de que estou sempre contigo. 
Com amor.. da pessoa que mais te ama nessa vida! 






MG.  s2

segunda-feira, 10 de outubro de 2011





"Uma saudade dos mil anos que passamos, ou das três semanas. A loucura de gostar tanto pra tão pouco ou simplesmente a loucura de tanto acabar assim. Fora tudo o que guardei de você, me restou a consideração que você guardou por mim. Sua ligação depois, quando me encontra. Sua mão estendida. Sua lamentação pela vida como ela é. Sua gentileza disfarçada de vergonha por não gostar mais de mim. A maneira que você tem de pedir perdão por ser mais um cara que parte assim que rouba um coração. Você é o mocinho que se desculpa pelo próprio bandido. Finjo que aceito suas considerações mas é apenas pra ter novamente o segundo. Como o segundo do meu nariz na sua nuca quando consigo, por um segundo, te abraçar sem dor. O segundo do seu nome na tela do meu celular. O segundo da sua voz do outro lado como se fosse possível começar tudo de novo e eu charmosa e você me fazendo rir e tudo o que poderia ser. O segundo em que suspiro e digo alô e sinto o cheiro da sua sala. Então aceito a sua enorme consideração pequena, responsável, curta, cortante. Aceito você de longe. Aceito suas costas indo. Aceito o último cacho virando a esquina. O último fio preso no pé da minha cama. Não é que aceito. Quem gosta assim não come migalhas porque é melhor do que nada, come porque as migalhas já constituem o nó que ficou na garganta. Seus pedaços estão colados na gosma entalada de tudo o que acabou em todas as instâncias menos nos meus suspiros. Não se digere amor, não se cospe amor, amor é o engasgo que a gente disfarça sorrindo de dor. Aceito sua consideração de carinho no topo da minha cabeça, seu dedilhar de dedos nos meus ombros, seu tchauzinho do bem partindo para algo que não me leva junto e nunca mais levará, seu beijinho profundo de perdão pela falta de profundidade. Aceito apenas porque toda a lama, toda a raiva, todo o nojo e toda a indignação se calam para ver você passar."
Tati Bernardi.

domingo, 25 de setembro de 2011









_Você poderia ser menos autodestrutiva, exigente...
_É. Eu poderia. Ser menos. Menos sonhadora, menos egoísta, menos paranóica, menos romântica, menos carente, menos amorosa, menos pessimista, menos vaidosa, menos alucinada, menos explosiva, menos ciumenta, menos efusiva... Menos, menos, menos. Poderia ser muito menos.
_Então eu tenho razão?
_Não. Porque se eu deixasse de ser essas coisas, deixaria de ser eu.
E eu me preciso.

Mayrla A.     12/ 09/ 10

domingo, 11 de setembro de 2011








 O problema todo me reaparece, quando sinto saudade. A razão vai embora quando eu sinto ciume. Minha alegria vem quando eu penso em você e, mesmo com tanto tempo, podendo me acostumar com a distancia, eu sinceramente não consigo passar sequer um dia, sem sentir falta, sem ficar triste por não poder te ver. Amar é uma ação muito forte, que abrange muita responsabilidade! Mas desse amor eu não vou me desapegar jamais!








For you! MG. s2

sexta-feira, 9 de setembro de 2011



Mais uma vez larguei tudo. Briguei com amigos, com meu próprio ego, desisti de muitas expectativas que tinha, engoli orgulho, esperei encontros que nunca aconteceram e deixei futuros amores.
Assim segui, esperando que fosse compreendida, pelo meu suposto afeto. Corri como se precisasse alcançar um podium de chegada, só para poder estar ao seu lado.
Você distraído e eu sussurro em seu ouvido: Cheguei.
Com a esperança de ter conseguido chegar de vez ao seu coração. Inútil.
Se vira e fica surpreso ao se deparar comigo.
Diz com desdém o que estaria eu, ali, conversando com ele.
Tentativa em vão não foi?
Apenas deixa escapar entre uma frase e outra, daquelas que atormentam minha cabeça, que era para eu voltar pros meus amores, de onde tinha vindo.
Quem dera você tivesse o poder da compreensão quando digo que se quisesse estar com meus amores, não estaria ali, parada te olhando.
Caí a ficha e vou embora.
Bebo o resto de cerveja do copo, como quem bebe toda a angustia da vida reunida em um unico gole. Como se fosse chorar, olho pra frente, abraço uma amiga e confesso: eu gosto dele, mas a vida não para pra que ele reconheça seus erros, a vida apenas segue com outros e outras, completando ou não a gente. Não foi assim que ele me ensinou? Então que assim seja, com outro ou comigo mesma.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011








Parou para ver o mundo lá fora, tentou observar as pequenas coisas que aconteciam ali, além daquela janela, e sentiu saudade, uma grande e dolorosa saudade do tempo em que vivia além da janela, e tentou buscar no mais longe da memória as mais lindas lembranças, quando ainda conseguia olhar nos olhos de outras pessoas e sorrir, quando tocar o outro era bom, quando o cheiro do outro era bom, quando tudo ainda era verde e flores brotavam de seus pés descalços, porque é assim que recorda, dos pés descalços, do cabelo solto e do sorriso no rosto, e das pessoas, principalmente das pessoas. Mas agora por trás desse vidro todo, tudo é muito vazio e silencioso, a única companhia que tem é a si mesma, não sabe ao certo quando e como foi parar ali, foi tudo muito rápido... Pessoas, lágrimas, escolhas e por fim a janela.







Mayrla A.  15/07/2010

terça-feira, 6 de setembro de 2011






Estamos sempre vulneráveis a sentimentos que surgem de repente e que de uma hora para a outra conseguem conquistar nossos corações e desfazer qualquer plano feito anteriormente. Foi isso que aconteceu, você chegou na minha vida, meio que do nada, e foi ocupando todo espaço do meu coração.
Com seu jeitinho carinhoso, seu sorriso que encanta e o brilho especial no seu olhar, foram motivos mais que suficientes para que eu me apaixonasse.
Agora sei que nada estava perdido, e que tudo tem o momento certo para acontecer.
Eu só tenho que agradecer a Deus, por ter escolhido você.






For you! s2





Eu me esforçava para acreditar em suas promessas do mesmo jeito que você se esforçava para fazer com que eu acreditasse em cada palavra que você dizia. Eu aprendi a te ler entre as entrelinhas, se você quer mesmo saber. Assim, passei a entender seus olhos e sentir seu bruto julgamento equivocado que você insistia em fazer. E na pior das hipóteses, de mim.
Eu saía por aquela porta certa de que todas às vezes você viria atrás de mim. E veja só como você é tão previsível: você ia. Diverti-me por milhares de vezes com minhas amigas às suas custas, porque você era parte do assunto principal no qual adorávamos nos deliciar com palavras rudes e ao mesmo tempo cheias de desejo sobre sua pessoa. Patético era saber que você inutilmente tentava me fazer crer nas suas palavras que inversamente correspondiam com suas atitudes.
Apesar de tudo isso, eu nunca entendi porque eu havia me apaixonado. Essa paixão que me maltratava e me fazia derramar uma lágrima todos os dias em que me lembrava o que estava fazendo com nós dois. Eu nunca poderia confiar em você e depois de tudo, pouco confiava em mim também. Eu sabia que lá pelas tantas nós estaríamos abraçados como quem esquece que existe um mundo indo contra nossas vontades. Eu sabia que enfrentaríamos olhares maldosos e que eu mais uma vez acharia simplesmente que te enganei.
Pouco sei da vida, realmente. Eu nunca consegui te enganar e, no máximo, me enganei todo esse tempo. Eu voltava para casa como quem se sente mal por ter engolido um x-burguer repleto de gordura, mas que mesmo assim sabia o quanto tinha sido bom. Depois de um tempo, você bem sabe que a sua ficha foi caindo. Deveriam ter sido meus esses relapsos de lucidez que você tinha, onde repetia sempre: “você sabe que isso nunca vai dar certo”. Eu sempre soube que nunca mudaria e que de fato nunca daria certo mesmo. Sempre soube e nunca entendi. Quer dizer, entendo agora.
Pode procurar no meu celular. Não tenho mais seu número e me esforço todos os dias para esquecer o que havia decorado: nossas datas, nossas músicas, nossos momentos. Entendi também porque nunca poderíamos dar certo: Eu fazia parte de uma porção de acontecimentos bons na sua vida, mas eu era feito esses anjos que vem, mas que tem que ir embora rapidamente. E eu fui. Fui porque você quis e porque me permiti. Você não faz mais parte das minhas conversas maliciosas que eu mantinha com minhas amigas. Tentativa em vão, tentar manter você por perto. No máximo, você agora faz parte de mais um pedaço de papel que carrega uma porção de lembranças – como essa carta que termino nesse exato momento.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011



Todo relacionamento há ciumes. E uma crise de ciumes quando estamos uns dias sem nos vermos, com saudades, com o peito apertado... altera as coisas. Não posso pedir que não tenha, mas que releve um pouco. Esses meus olhos míopes, só enxergam bem quando o foco é você. Vinte mil pessoas podem me chamar de amor pelo orkut e outras mil podem dizer coisas com o botão de second intentions ligado, mas meu coração só bate de saudades por ti. Quero te ver, abraçar, beijar e falar que te amo ao pé do seu ouvido. E poderia até repetir isso tudo, mas você vai sentir isso e ainda mais, assim que nossos corpos em um só, resolverem se tocar. Entenda, meu pequeno... eu sinto tudo isso calada. Mesmo que quisesse, o "mundo" não pode saber disso agora. Você é meu único confidente, não só por ser o protagonista dos meus sentimentos, mas por ser meu amigo e meu namorado. Sei o quão forte é o que sentimos e o que guardamos, e quero que isso permaneça assim. Porque é bom, porque é sincero e lindo, e porque não imagino minha vida sem você.
Não te esqueço nenhum minuto e nem o que passa em torno de uma saudade que não sabe o dia que vai terminar. Sou feliz ao teu lado, sou sorrisos contigo. Entre todas as coisas bonitas dessa vida, buscando nos cantos sentimentais, físicos e psicológicos dela, é você que eu encontro.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Antes de tudo, bobona!







Por que a vida foi feita para os bobos alucinados por paixões febris, insaciáveis de saudades sucumbidas de esperança. O mundo é sim dos bobos, felizes, autênticos, amadores, perturbadores da sociedade, caçadores de alegria. O mundo é dos infames quebradores de regras piegas ditadas para pessoas cansadas de espírito. O mundo é nosso, que lutamos todos os dias em busca de sorrisos. Ainda que nos doa a insensibilidade do outro, rezamos e pedimos a Deus paciência. Loucura não é para qualquer um, porque é preciso coragem para viver e ser feliz!


segunda-feira, 29 de agosto de 2011








Aprendi a não acreditar na superficialidade de algumas palavras, no entusiasmo de algumas pessoas. Pisar com cuidado em cima do destino, não criar expectativas em cima de promessas, a não me doar demais. Avaliar todas as circunstâncias, porque se tudo der errado no final, não vai doer tanto, como doi agora.
Iludir-se já era, iludir-se acabou, não se usa mais.





Mayrla A.  29/08/11

domingo, 28 de agosto de 2011




Às vezes é preferível ficar no quarto, trancada, mastigando loucuras, molhando os olhos com um pouco de fé, fazendo mil rezas pedindo pra que tudo fique bem, sem pressa, desde que seja agora, porque a qualquer momento a porta pode abrir e tentar acabar com o meu ritual de felicidade inventada, mas vou continuar inventando, por toda a eternidade.  A porta abrindo ou não.

Mayrla Amorim  28/09/11




quinta-feira, 28 de julho de 2011

MG s2









Diante da imensidão dos teus beijos,abraços,carícias,eis o motivo de estar envolvido em tanto amor: me torno por completa em FELICIDADE ao seu lado e a cada dia que passa sinto o quanto EU TE AMO.
Nem tento compreender toda essa distância que nos limita,porque espero anciosamente pelo nosso próximo encontro. Embora tenha que suportar a dor da saudade,sei que essa fase é passageira e nos prova o quanto há respeito,confiança e amor no nosso relacionamento,tornando-a mais sincera e apaixonante.
Ter você significa a realização de um sonho. Deus traçou nossos destinos e fez com que nós fizéssemos das oportunidades uma chance de nos conhecer melhor e tornar todo esse encanto em realidade. Agora,unidos,eu desejo que cada momento seja eternizado para que das lembranças um dia possamos recordar e vivenciar tudo novamente como se fosse pela primeira vez,da mesma maneira como cada beijo que te dou é como se fosse o único e o desejo de muitos outros...






Meu amor que fez pra mim ! s2s2


segunda-feira, 25 de julho de 2011




"Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas... Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo."

domingo, 24 de julho de 2011





Eu aindei pensando que com o tempo a gente acostuma... Mas é mentira. A gente não acostuma nunca! 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

"O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa."


 

terça-feira, 24 de maio de 2011




Não suporto tentações, pois caio em todas elas.


"
Ele não foi o primeiro cara que eu amei. Na verdade, sou uma colecionadora de amores. Mas de fato, o amor dele era diferente. Parecia que eu jamais havia amado, jamais havia sentido nada verdadeiro por ninguém. O amor que eu criei por ele fazia com que eu me questionasse sobre toda a minha vida. Era assim. Eu sentia como se não houvesse mais ninguém que pudesse me fazer sentir tudo aquilo."

quarta-feira, 18 de maio de 2011


“Eles se amam, todo mundo sabe mas ninguém acredita. Não conseguem ficar juntos. Simples. Complexo. Quase impossivel. Ele continua vivendo sua vidinha idealizada e ela continua idealizando sua vidinha. Alguns dizem que isso jamais daria certo, outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada. Preferem meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todas as noites ela pensa nele, e todas as manhãs ele pensa nela. E assim vão vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, cada um sabe a falta que o outro faz. Nunca mais se viram, nunca mais se tocaram e nunca mais serão os mesmos. É fácil porque os dias passam rápidos demais, é dificil porque o sentimento fica, vai ficando e permanece dentro deles. E todos os dias eles se perguntam o que fazer. E imaginam os abraços, as noites com dores nas costas esquecidas pelo primeiro sorriso do outro. E que no momento certo se reencontrem e que nada, nada seja por acaso.”
Tati Bernardi

segunda-feira, 9 de maio de 2011



Um dos meus defeitos é o de esperar muito , esperei e ainda espero você com a esperança de que qualquer dia meu celular toque e seja você dizendo que sente minha falta , que qualquer dia você reapareça de formas inesperadas como ja fez muitas vezes . Olho pras outras pessoas tentando procurar seu rosto em algum deles e procuro exaustivamente mesmo sabendo que não vou encontrar , sua ausência me corrói de uma forme inexplicável e sinceramente eu espero por dias melhores .

sexta-feira, 6 de maio de 2011



“Mas fica
Mas fica, meu amor
Quem sabe um dia
Por descuido ou poesia
Você goste de ficar


"Confesso que ando muito cansado, sabe? Mas um cansaço diferente… um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem. Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar, um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser, que quero fazer. Confesso que você estava em todos esses meus planos, mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos, se derramando, não me pertecendo.Estou realmente cansado.Cansado e cansado de ser mar agitado, de ser tempestade… quero ser mar calmo. Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: “Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos.” Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Confesso, confesso, confesso. Confesso que agora só espero você. "

 Caio Fernando Abreu
aio FernanAbreu

domingo, 1 de maio de 2011



Ele não sabe mais nada sobre mim. Não sabe que o aperto no meu peito diminuiu, que meu cabelo cresceu, que os meus olhos estão menos melancólicos. Ele não sabe quantos livros pude ler em algumas semanas. Não sabe quais são meus novos assuntos nem os filmes favoritos. Ele não sabe quantos amigos desapareceram desde que me desvencilhei da minha vida social intensa. Ele não sabe que eu nunca mais me atentei pra saudade. Que simplesmente deixei de pensar em tudo que me parecia instável. Que aprendi a não sobrecarregar meu coração, este órgão tão nobre. Ele não sabe que tenho estado tão só sem a devastadora sensação de me sentir sozinha. Ele não sabe que desde que não compartilhamos mais nada sobre nós, eu tive que me tornar minha melhor companhia: ele nem imagina que foi ele quem me ensinou esta alegria.





Eu expus suas mentiras, querida
O que tem por baixo não é grande surpresa
Agora é tempo de mudar
E purificar tudo
Para esquecer seu amor

Minha extensão, querida
Crucifica meus inimigos
Quando estou cansado de dar
Minha extensão, querida
Em realidades virgens inquebráveis
E cansado de viver

Não confunda
Querida, você vai perder
Seu próprio jogo
Me mudar
E substituir o ciúmes
Para esquecer seu amor

Minha extensão, querida
Crucifica meus inimigos
Quando estou cansado de dar
Minha extensão, querida
Em realidades virgens inquebráveis
E cansado de viver

E tenho visto seu amor
Mas o meu acabou
E estive encrencado


Pluing in baby - Muse

terça-feira, 26 de abril de 2011



- Você é anormal menina. Eita, o que ele fazia de tão especial? Tipo, sei que não é fácil esquecer, mas gostar às vezes é estranho...

- Não fazia nada...Eu só..
Só gostava, entende?

- Mas porque gosta "às vezes'' dele ainda?

- Por gostar. Me apeguei à ele como nunca me apeguei a ninguém...Prendi e não quis mais soltar.

- Entendo. E ele, por onde anda?

- Pelas ruas de um Porto (...) Amando mulheres, garotas, meninas... Amando todas, menos à mim.

quarta-feira, 20 de abril de 2011


Dane-se. Comigo sempre foi tudo ao contrário.
Caio Fernando Abreu.



 Porque até mesmo Caio, sabe o que é passar por certas situações. Somos humanos afinal.
 E você, Caio. Meu grande parceiro. Ele sempre tem trechos que dizem o que mais preciso. - Fato.



Dias tristes, vontade de fazer nada, só dormir. Dormir porque o mundo dos sonhos é melhor, porque meus desejos valem de algo, dormir porque não há tormentos enquanto sonho, e eu posso tornar tudo realidade.





Viro outra vez aquilo que sou todo dia: fechada, sozinha, perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada.

terça-feira, 19 de abril de 2011

cigarette



(…)

E ele atravessa a rua, passando pelo tempo, de pedra em pedra, com um cigarro na mão para pedir lume ao cigarro alheio, que brilha no outro lado, ao cimo dos três degraus.
Vai ser assim: dá-me lume, por favor?, e o cigarro encostar-se-á ao seu, o lume passará de um para outro, de uma pessoa para outra pessoa, e então, no meio da eternidade deserta, será sim o dia de hoje.
Mas a noite é imensa, quer dizer: a noite do lugar e do tempo, a noite da nossa solidão — é imensa, e apenas um pequeno órgão vivo palpita algures, vibra rapidamente, e amortece-se, e desaparece.
Então, uma vez mais a noite se levanta de nós, e o que estremece é a carne, a nossa, cega e desamparada — mas fremente na sua cegueira e desamparo.
Sabes que estás só? — pergunta a carne à carne —, sabes que a noite se ergueu de ti, como se fosses o seu próprio e único talento, e que esse talento te cerca como uma atmosfera, o morto clima que transportas em ti, de um lado para outro, ao longo das pedras, ao longo de todos os lugares do homem?
Ela sabe, ou pelo menos sabe que sabe.
E é demasiado.
Por isso, olha e espera.
E vê de novo a brasa que estremece na escuridão como uma planta que crescesse e florescesse na terra negra, ou um animal cujo calor abrisse uma brecha no tempo frio.
A carne embriaga-se com imprecisas metáforas de salvação — que salvação?! — com um movimento subterrâneo de analogias, e ele diz: vou pedir-lhe lume.
Vai através do bairro múltiplo, o tempo que o escuro abafou, e então é como se fosse fora do tempo, ou dentro de todo o tempo, à procura do lume para o seu cigarro.
Eles construíram e os anos destruíram, e eles reconstruíram as coisas gastas e construíram outras novas.
Que é isto?
Quer dizer que a carne renasce, e é essa a tarefa?
A noite vem sempre, mas talvez trabalhem também de noite.
Às vezes ouvem-se as picaretas e os martelos, à distância, durante certas noites.
E depois é manhã, e apercebemo-nos de que existe uma coisa nova, um corpo que se organiza para o dia, e isso foi um secreto trabalho nocturno.
Eles acreditam, então — será verdade que ousam acreditar?
Pode-se avançar nas trevas.
Uma, duas vezes, foi-nos indicada uma luz fugitiva — e depois sabemos.
Talvez ainda mais nítida, a topografia marcou-se na nossa cegueira, e então caminhamos, caminha ele com o seu cigarro por acender, a sua perseguição ao fogo.
Não é uma admirável virtude do fogo, não será até um milagroso talento das trevas que, aqui e ali, durante um segundo, o fogo abra a sua pequena rosa trémula, e o homem possa respirar na cega atmosfera dos séculos?
Ë — eis que ele o diz para si, com uma força maior do que ele próprio, o inventado poder da sua vertiginosa, momentânea fé.
Caminha pelos anos pétreos, com os pés a decifrarem o empedrado e os degraus do bairro.
Ouve os próprios passos, porque sempre ouviu as pancadas do coração — por aí é que reconhece estar vivo, embora isso seja violento demais e demasiado precipitado para a verdadeira harmonia que, possivelmente, seria o estar vivo.
Mas respira, isso sim, o sangue corre pelas veias e artérias, corrompe-se e purifica-se dentro da confusa massa da sua dor de homem, e anda, ele anda, sobe, desce.
Contudo, os passos que ouve, como se fossem as pancadas fortes do seu sangue, parecem distanciar-se.
Pára.
E os passos continuam, afastando-se.
Mais longe, aparece a brasa do cigarro.
O outro foge.
Porque foge?
Que medo inspira assim o desejo do conhecimento, ou o desejo do amor?
Ë a caça?
Existem aqui o desígnio, o jogo, o ritual — e a alegria bárbara e o primitivo pânico da caça?
Porque o amor é mortal (o amor é mortal?).
Talvez se adivinhe que sim, e obscuramente se saiba que é mortal o conhecimento.
Talvez seja isso o que melhor se conheça do conhecimento — a sua natureza mortal.
Os passos do outro fogem pelo tempo fora, ouvem-se — embaraçados e rápidos — perdendo-se nas escadas, pelas ruas ondulantes, sob os arcos.
Um momento ecoam no meio de uma praça, o cigarro brilha, forma-se uma súbita coroa de silêncio.
Haveria palavras para dizer, a antiquíssima súplica do perseguidor: porque foges?
Mas não haveria resposta.
Ou seria: tenho medo, ou então: é o jogo.
Contudo, não se sabe bem o que acontece, por isso não haveria resposta.
Medo?, porquê medo?, dir-se-ia, jogo, que espécie de jogo?
E as palavras nunca mais acabariam.
Não mais existiria este silêncio no qual, ofegantes, sabemos com tanta dor que ainda estamos vivos.
Por isso é que andamos, agora com todas as artes da caça, devagar, depressa, silenciosamente, cercando a presa.
Amo-te — diríamos nós, no exacto instante de lhe cravar o punhal no meio do peito.
E depois desejaríamos que se fizesse luz, uma grande luz branca, o sol, para vermos o sangue correr e, possivelmente, afogar a nossa boca no sangue amado.
Para conhecermos tudo, até ao fundo e até ao fim. Porque o amor e o conhecimento são as artes do crime.
Tenho um ramo de flores para ti, diz o amante: são flores venenosas.
Mas toda a gente sabe isto: ninguém deseja nada do amor.
É o tema eleito das palavras.
Eis a razão por que o outro está escondido na praça, ao meio da qual existe um largo fontanário, com a sua rodada taça de pedra, de onde transborda uma água silenciosa e dormente.
A brasa do cigarro marca uma curva no ar e cai na água.
É um indício.
Ele está ali, bem perto.
Mas depois tudo será mais difícil.
Porque será a perseguição declarada, sem o pretexto de pedir lume.
Também não haverá já a indicação do lume, no meio da noite — o sinal de que ali está a pessoa, viva, fumando, respirando, tremendo.
Porque foges?, e enquanto, no mais secreto da sua aflição, ele o pergunta, corre em direcção ao fontanário e quase esbarra com o outro.
Sentem-se, mútuos, únicos, arfam no escuro da praça, a treva treme levemente na água adormecida.
Mas ele diz (e quem sabe se isso é absurdo?) diz: lume, e o outro escapa-se, e põe-se a correr em volta do fontanário.
Os sapatos chapinham na água e a ele, que já começou a persegui-lo, correndo também em torno da taça de pedra, chapinhando do mesmo modo na água vazada, ocorre-lhe um insólito pensamento: caminhamos sobre as águas.
Então abranda um pouco a corrida, inclina o corpo para a direita, e mete a mão na água da taça.
Ë um ruído novo, virgem, e o contacto da sua carne com a água faz nascer em si uma confusa alegria, o sentido de uma festa natural, o desejo de morrer ali, agora, triunfalmente.
E o outro? — o outro foge, e como não abrandou o passo, nem mergulhou a mão na água, nem pensou (supõe-se) na alegria de uma festa mortal, o outro adiantou-se, e já se encontra no lado oposto do fontanário.
E é ágil, essa criatura sem nome, o ser que se ama, aquele que se persegue e a quem se deseja conhecer, para suplicar lume, ou voz, ou vida, ou sangue, ou sabe-se lá o quê.
(…)

segunda-feira, 18 de abril de 2011



A solidão é meu cigarro
Não sei de nada e não sou de ninguém
Eu entro no meu carro e corro
Corro demais só pra te ver, meu bem
Um vinho, um travo amargo e morro
Eu sigo só porque é o que me convém
Minha canção é meu socorro
Se o mar virar sertão, o que é que tem?
Dias vão, dias vêm, uns em vão, outros nem
Quem saberá a cura do meu coração se não eu?

domingo, 17 de abril de 2011